ENTENDENDO A NEUROTECNOLOGIA
Semana passada falamos sobre a Transformação Digital. Agora vamos falar de Neurotecnologia e iniciar nossa viagem por este tema que também é tão importante.
ANeurotecnologia segundo compilações conceituais, é a área que envolve ciência e empreendedorismo, com o objetivo de investigar tecnologias que podem ampliar a compreensão do cérebro humano, assim como a estruturação da consciência, a formação do pensamento e, de fato, qualquer outra atividade comandada pelo sistema nervoso, ou seja, estamos falando tanto de tecnologias que poderiam ser utilizadas para melhorar as funções cerebrais em geral, quanto para otimizar as suas relações com as próprias interfaces tecnológicas.
O termo “neurotecnologia”, pode-se dizer, surgiu na primeira metade do século XX, mas encontrou seu maior alcance a partir da década de 1980, quando a evolução tecnológica permitiu que computadores revolucionassem os métodos de imagem do encéfalo, a partir de recursos como a ressonância magnética e a tomografia.
Essa irrefreável evolução tecnológica que, por consequência, impulsiona a evolução da neurotecnologia começa, agora, a nos fazer caminhar pelo que vimos em muitos filmes de ficção científica nos último anos. Acredite! Tudo indica que estamos caminhando a passos largos para utilizar as máquinas para fazermos a leitura de mentes, transferências de memórias, implantes robóticos, entre muitos outros movimentos antes considerados fora da realidade.
Só para se ter ideia, a transmissão de memórias humanas para computadores já começa a se mostrar como algo factível, efetivamente possível e tudo indica que estamos apenas no começo. Atualmente, estudiosos afirmam que já é possível transmitir memórias com informações básicas do homem para a máquina, registrando na máquina, por exemplo, um sentimento especificamente vivenciado e relembrado por um ser humano em determinado momento. Ou seja, em outras palavras, seria a possibilidade de gravação em máquina de um sentimento humano, a partir de uma memória consciente de quem o vivenciou.
Entusiastas da neurotecnologia acreditam que nas próximas décadas será possível fazer o upload da memória inteira para os computadores. Já imaginou ter todas as suas memórias “salvas” ou “disponibilizadas” numa máquina após um upload?
Quais questões teríamos que responder antes disso, certo? Isso seria ético? Isso seria positivo? E quem teria acesso?
Mas talvez a questão mais importante a ser respondida seria: além da memória, será possível transmitir e gravar alguma “consciência” humana para uma máquina? A pergunta lhe parece absurda? Bom, para alguns estudiosos não é, tanto que diversas pesquisas estão sendo realizadas em torno do assunto, em todo mundo.
Quando se fala em tecnologia, o futuro de longo prazo pode ser o amanhã. Estudiosos estimam que em 2030, já poderemos ter computadores com uma capacidade de processamento bem próxima do cérebro humano! Será? E mais, a estimativa é de que em questão de anos, será desenvolvida a tecnologia da realidade virtual imersiva.
Enfim, estamos vivendo cenários disruptivos e a neurotecnologia faz parte deles. As polêmicas em torno dos avanços tecnológicos e suas limitações, inclusive éticas, serão sempre pano de fundo dessa revolução 4.0. Sabemos que haverão avanços indiscutíveis e incríveis para melhorar a qualidade de vida das pessoas, assim como a produtividade das empresas. Mas quais serão ou quais deverão ser os limites éticos, individuais, empresariais (entre outros) de tudo isso?
É preciso haver debate. É preciso haver responsabilidade e discussão, com a inclusão do principal ator: o ser-humano comum! Ou seja, eu e você! Assuntos como leitura de mentes e transferência de consciência são muito mais profundos do que podemos imaginar.
Na semana que vem vamos propor mais provocações, mais discussões que evolvem tecnologia, comportamento humano e manipulação do cérebro. Afinal de contas, é preciso falar de tudo isso, antes que tudo seja possível e você nem saiba disso.
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Um grande abraço e até breve!